Como elaborar um plano de Disaster Recovery eficaz?

Em um mundo cada vez mais digital, as empresas dependem cada vez mais de sistemas e dados eletrônicos para funcionar. No entanto, esses sistemas e dados estão sujeitos a uma variedade de riscos, incluindo desastres naturais, ataques cibernéticos, falhas de hardware ou software, e outros eventos imprevistos.

De acordo com um estudo da IBM, o custo médio de uma violação de dados é de US$ 3,92 milhões. Além disso, um estudo da Aon indica que o tempo médio de recuperação de um desastre é de 22 dias.

Esses dados mostram que é essencial para as empresas terem um plano de Disaster Recovery (DR) eficaz. Um plano de DR é um documento que descreve como uma empresa irá recuperar suas operações em caso de desastre.

Outro fator, se dá evido à crescente importância da proteção de dados, especialmente com a implementação da LGPD, o plano de Disaster Recovery tornou-se uma estratégia corporativa essencial para prevenir eventos inesperados e evitar prejuízos.

O plano de Disaster Recovery é uma documentação que ninguém deseja utilizar, pois pressupõe situações estressantes e implica possíveis perdas. No entanto, é a estruturação desse plano que permite uma abordagem mais eficaz em momentos difíceis.

Diante de uma crise, decisões tomadas apressadamente, sem considerar variáveis importantes, podem ocorrer. No entanto, ao se esforçar-se para entender os cenários adversos antes de se tornarem reais, uma instituição pode tomar decisões mais objetivas e centradas.

O retorno sobre o investimento no plano de recuperação de desastres reside na capacidade de solucionar dificuldades no menor tempo possível. O tempo dedicado à elaboração do plano é um investimento que se converte em economia de recursos durante uma crise.

Além do tempo, outros recursos podem ser poupados, como informações cruciais, equipamentos e tecnologias essenciais para a continuidade operacional. O plano de Disaster Recovery aborda questões específicas, como vazamento de informações, panes elétricas, estratégias de backup em nuvem e preparo dos colaboradores para enfrentar situações com segurança.

Para embasar a necessidade de um plano de recuperação, imagine um cenário onde sua empresa foi vítima de um incêndio ou de um ataque externo resultando em roubo e vazamento de dados. Qual seria o procedimento nesse caso?

Para reverter esse cenário, é fundamental desenvolver um sólido plano, conforme mostraremos no texto a seguir. 

O que é Disaster Recovery e qual sua importância?

O Disaster Recovery, ou recuperação de desastres, refere-se a um conjunto de procedimentos e estratégias planejadas para permitir a rápida retomada das operações de uma empresa após a ocorrência de eventos adversos. Esses eventos podem incluir desde ataques cibernéticos, erros humanos e falhas técnicas até desastres naturais, como incêndios e inundações. 

Vale pontuar ainda que, mesmo com ativos robustos e uma sólida Política de Segurança da Informação (PSI), incidentes ainda podem ocorrer. Portanto, um plano de recuperação de desastres é essencial para o cumprimento da LGPD.

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Como elaborar um plano de Disaster Recovery?

Um plano de DR eficaz deve ser baseado em uma avaliação de riscos detalhada. Essa avaliação deve identificar os riscos aos quais a empresa está exposta, bem como a probabilidade e o impacto de cada risco.

Com base na avaliação de riscos, a empresa deve identificar seus ativos críticos. Ativos críticos são aqueles que são essenciais para as operações da empresa e que devem ser recuperados em caso de desastre.

A empresa também deve definir seus objetivos de recuperação. Esses objetivos devem ser específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais.

Por fim, a empresa deve desenvolver um plano de ação detalhado para cada tipo de desastre identificado na avaliação de riscos.

Entre as principais ações para desenvolver um plano de recuperação de desastres, destacam-se:

1. Agendar backups periódicos para garantir a preservação das informações valiosas. Classificar os dados conforme sua importância para priorizar os essenciais.

2. Repensar o armazenamento de backups, preferindo soluções na nuvem para evitar danos ou furtos.

3. Garantir que os backups sejam frequentes o suficiente para atender ao Recovery Point Objective (RPO) da empresa, definindo o quanto de informação é aceitável perder.

4. Avaliar os riscos físicos e virtuais, categorizando-os por probabilidade e impacto. Desenvolver ações contingentes para resposta rápida.

5. Manter o plano sempre atualizado, considerando novos dados sensíveis e possíveis ameaças.

Como funciona o plano de Disaster Recovery?

Para implementar práticas efetivas de Disaster Recovery, as organizações geralmente realizam um inventário de TI para analisar as tecnologias essenciais para a continuidade dos negócios. Esse levantamento ajuda a entender como as tecnologias podem ser afetadas em cenários hipotéticos.

Com base nessa análise, são desenvolvidas estratégias para contornar adversidades no menor tempo possível, avaliando as possíveis perdas em cada situação. Esse conjunto de procedimentos é conhecido como Plano de Disaster Recovery (PRD). É crucial envolver gestores de diferentes áreas na elaboração do plano para garantir uma abordagem abrangente.

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Plano de Disaster Recovery: como isso auxilia na proteção de dados e na conformidade com a LGPD?

No cenário empresarial contemporâneo, onde a informação é um ativo valioso, a proteção de dados e a conformidade com regulamentações, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), são cruciais.

Nesse contexto, a implementação de um robusto Plano de Disaster Recovery não apenas assegura a continuidade operacional, mas também desempenha um papel vital na proteção dos dados sensíveis e na observância das normativas legais, além de contribuir com fatores como:

Prevenção de acidentes

O vazamento de dados é uma das principais violações da LGPD, tornando crucial o planejamento de medidas preventivas para cumprir a lei. Em caso de incidentes, o plano assegura a recuperação dos dados, evitando violações da lei.

Aumento dos nível de segurança

A proteção dos dados é central na LGPD. Avaliando riscos no plano de recuperação de desastres, a empresa pode se proteger contra ataques externos, como ransomware ou vazamentos acidentais.

Mitigação de possíveis desastres

Minimizar os impactos negativos é crucial para a empresa e para cumprir a LGPD. Demonstrar esforços e compromisso na mitigação de consequências é visto favoravelmente pela lei.

Backups constantes

Backups frequentes garantem a segurança das informações valiosas. Um sistema de recuperação de desastres permite automatizar e programar backups, priorizando dados sensíveis.

Recuperação rápida

Com o sistema de recuperação de desastres, a empresa retoma as operações sem grandes prejuízos. Recupera primeiro os dados essenciais, enquanto o programa restaura o restante com segurança e agilidade.

Minimização de perdas financeiras

Um plano de Disaster Recovery permite uma resposta rápida a incidentes, minimizando o tempo de inatividade. Isso reduz significativamente as perdas financeiras associadas à interrupção das operações.

Proteção da reputação da empresa

Uma recuperação eficaz em caso de desastres preserva a reputação da empresa. A confiança dos clientes e parceiros é mantida, pois a organização demonstra resiliência e capacidade de enfrentar adversidades.

Conformidade com regulamentações

Em muitos setores, a conformidade com regulamentações é obrigatória. Um plano de Disaster Recovery pode garantir que a empresa esteja em conformidade com normas específicas relacionadas à proteção de dados e continuidade operacional.

Como elaborar o seu plano de Disaster Recovery

O PRD é um documento que requer cuidado na sua elaboração. Ele faz parte de uma cultura de prevenção, e suas práticas, estratégias e ferramentas são parte de um conjunto mais amplo. Para que o plano de disaster recovery seja eficiente, alguns pontos cruciais devem ser considerados no momento de elaboração. Confira o passo a passo a seguir:

Avaliação de impacto nos negócios

Antes de iniciar a elaboração do plano, é fundamental conduzir uma Avaliação de Impacto nos Negócios (BIA). Isso envolve a identificação de processos críticos, a estimativa de impactos financeiros e a definição de metas de recuperação.

Identificação dos ativos críticos

Liste e priorize os ativos críticos da empresa, incluindo hardware, software, dados e sistemas. Isso ajudará a direcionar esforços para áreas mais sensíveis e essenciais.

Definição de estratégias de backup

Elabore estratégias robustas de backup, considerando a frequência, o tipo de backup e a localização de armazenamento. Opções como backup em nuvem e backups regulares em locais off-site são consideradas boas práticas.

Análise da infraestrutura de TI

Faça um levantamento dos ativos usados pela empresa, como hardwares, softwares, fluxos de dados e aplicações web. Na sequência classifique essas ferramentas de acordo com sua importância para a continuidade do negócio.

Conscientização dos colaboradores

Realize práticas para educar os colaboradores sobre boas práticas no ambiente de trabalho, conscientizando as equipes sobre a importância de seguir as orientações do PRD.

Formar uma equipe responsável

Promova o engajamento de gestores de diferentes departamentos na produção do plano e integre gestores na equipe responsável pelo gerenciamento de desastres.

Elaboração do plano de Disaster Recovery

Levante cenários hipotéticos de desastres, considerando incidentes passados e crie roteiros para cada situação, identificando os ativos afetados. É importante ainda definir métricas como RTO (tempo de recuperação) e RPO (ponto de recuperação). assim como, integrar o PRD a outros documentos, como política de backup e plano de continuidade de negócios.

O Disaster Recovery é um componente essencial da estratégia de segurança da informação e da gestão de TI. Sua elaboração requer uma abordagem proativa, envolvendo a avaliação cuidadosa de riscos, a identificação de ativos críticos e a definição de estratégias de backup eficazes. Ao investir na criação e manutenção de um plano de Disaster Recovery, as empresas fortalecem sua resiliência diante de desafios e asseguram a continuidade de suas operações em um ambiente empresarial dinâmico e digital.

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