Garantindo a proteção de dados em sistemas ERP: pontos chave a considerar

Não é de hoje que o assunto proteção de dados vira pauta pelos ataques sofridos por empresas de todo o mundo. Uma pesquisa anual realizada pela Proofpoint, revelou que, somente no Brasil, cerca de 25% das empresas tiveram roubos de dados através de hackers no ano de 2022.

O mesmo estudo relatou ainda que 78% das empresas brasileiras tiveram, ao menos, uma experiência de ataque e roubo de dados realizada por email que obteve êxito no ano passado, e aproximadamente um quarto das companhias no país relataram perdas financeiras devido a ataques digitais.

Para otimizar a proteção de dados diversas empresas acabam aderindo a sistemas Enterprise Resource Planning – ERP, que migram os dados da organização para servidores na nuvem com a finalidade de garantir a segurança e integridade dessas informações.

No entanto, para que essa prática seja efetiva, alguns pontos chave devem ser considerados para que a proteção de dados seja eficiente. No conteúdo a seguir, confira quais fatores devem ser pautados para garantir a proteção de dados em ERPs. 

Desafios da segurança de dados em sistemas ERP: ataques cibernéticos e proteção de dados

Ataques cibernéticos são realizados com o objetivo de causar danos e assumir o controle, ou obter acesso,  de documentos e sistemas com dados sensíveis, seja voltado a usuários únicos ou a organizações.

Os criminosos envolvidos conseguem barrar o acesso da vítima aos seus dados com a finalidade de cobrar resgates para que as informações sejam devolvidas, no entanto, poucas companhias recuperam o acesso aos seus dados depois do pagamento exigido pelos criminosos.

Malware, ataque de DDoS, phishing, ataques de injeção de SQL, cross-site scripting (XSS), botnets ou ransomware. Independente de qual seja o ataque, manter uma rotina que garanta a proteção de dados é estritamente necessário, para mais, quando se trata de dados de terceiros que estão hospedados no seu ERP, pois os efeitos de um ataque impactam toda a cadeia, e os prejuízos podem ser imensuráveis.

Ataques cibernéticos afetam diretamente os sistemas de gestão empresarial e geram danos catastróficos, paralisando operações e causando prejuízos financeiros, e o pior, prejuízos reputacionais.

ERPs e proteção de dados

O uso de softwares confiáveis e de uma estratégia cibernética sólida pode diminuir as chances de um banco de dados comercial ou pessoal ser afetado por um ciberataque, assim garantindo a proteção de dados.

Todavia, os ERPs passaram a ser alvo de ataques, em uma crescente onda que gera preocupação tornando a segurança como um ponto central de debates nas empresas, acendendo um alerta, tanto para aquelas que já possuíam os sistemas, quanto para as que estavam avaliando processo de migração.

Neste cenário, cabe aos ERPs adotarem medidas que reforcem sua segurança, a fim de sanar a preocupação gerada, evitar maiores impactos em suas empresas e garantir a oportunidade de escalonar seus negócios.

ERPs e LGPD

Quando pensamos sobre fatores técnicos da proteção de dados, estar alinhado à Lei Geral de Proteção de Dados, LGPD, é fundamental, pois ela responsabiliza a empresa pela gestão dos dados que coleta, além de prever punições rigorosas em casos de vazamentos ou captação de dados de forma irregular.

Entretanto, os impactos da LGPD não são somente relacionados à multa aplicada em empresas que não seguem o que está previsto nesta lei, sua credibilidade no mercado também será afetada, e consequentemente, o número de negócios fechados.

Isso porque, empresas buscam por ERPs que estejam adequados à lei, para garantir sua segurança. Neste momento, atente-se a alguns artigos previstos na LGPD que precisam ser rigorosamente seguidos pelo seu ERP para garantir a proteção de dados e adequação à lei:

Art. 46.

Os agentes de tratamento devem adotar medidas de segurança, técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito.

Art. 6º

As atividades de tratamento de dados pessoais deverão observar a boa-fé e os seguintes princípios: finalidade; adequação; necessidade; livre acesso; qualidade dos dados; transparência; segurança; prevenção; responsabilização e prestação de contas.

Art. 50

Os controladores e operadores, no âmbito de suas competências, pelo tratamento de dados pessoais, individualmente ou por meio de associações, poderão formular regras de boas práticas e de governança que estabeleçam as condições de organização, o regime de funcionamento, os procedimentos, incluindo reclamações e petições de titulares, as normas de segurança, os padrões técnicos, as obrigações específicas para os diversos envolvidos no tratamento, as ações educativas, os mecanismos internos de supervisão e de mitigação de riscos e outros aspectos relacionados ao tratamento de dados pessoais.

Estratégias para proteção de dados

O processo de proteção de dados da sua empresa pode iniciar com quatro práticas: backup, patches de segurança, antivírus Next-Generation e migração para nuvem.

Backup

Manter uma estratégia de backup bem definida parece uma tarefa tão óbvia que nem precisaria ser mencionada. Porém, diversos ERPs ainda pecam neste quesito. Esteja atento ao backup dos seus dados, realize a manutenção periódica para garantir que todas as informações estão documentadas e salvas em mais de um local, possibilitando a recuperação em caso de perda ou danos. Atente-se ainda para que a versão dos dados arquivados no backup esteja atualizada.

Patches de segurança

Conserve seus softwares atualizados com os devidos patches de segurança aplicados. Essa ação contribui para a proteção de dados contra ransomwares que exploram as vulnerabilidades dos sistemas para atacar a sua rede.

Antivirus Next-Generation

Opte por um antivírus Next-Generation. Isso porque, diferente dos antivírus tradicionais que atuam contra ataques já conhecidos, o Next-Generation analisa o comportamento da sua máquina atuando para a proteção da rede em caso de processos estranhos e impede a atuação do ransomware na sua máquina.

Migração do ERP para nuvem

Ao realizar a migração dos dados de sua empresa para a nuvem, você fortalece sua segurança, pois os provedores de serviços em nuvem oferecem um ambiente com tecnologias de segurança de informações avançadas, incluindo a proteção ativa, constante e altamente especializada. 

Outras práticas para proteção de dados

Outras práticas contribuem ainda para a proteção de dados do seu ERP, como a aplicação de protocolos, submetendo sua rede periodicamente a uma auditoria de segurança e a uma tentativa de invasão controlada para identificar vulnerabilidades a tempo de resolvê-las.

Deve-se pontuar também a importância de treinamentos para a conscientização dos colaboradores sobre boas práticas de segurança digital, evitando vulnerabilidades.

A proteção de dados não é apenas uma questão técnica, ela também tem uma dimensão humana significativa. Ao discutir segurança digital, é crucial reconhecer que os fatores técnicos e humanos são aspectos igualmente vitais.

A conscientização da responsabilidade de cada usuário ao acessar informações da empresa ou até mesmo abrir um e-mail de remetente desconhecido é fundamental. Afinal, um simples clique em um link malicioso pode abrir as portas do ambiente digital da empresa para cibercriminosos. A partir desse ponto, informações podem ser sequestradas, transações financeiras manipuladas e segredos industriais roubados.

Casos como esses ressaltam como mesmo ações inocentes podem inadvertidamente comprometer a segurança digital de uma organização. É exatamente aqui que entra a importância de treinamentos regulares para conscientização.

Parcerias com empresas de cloud

No panorama atual, destaca-se o sistema de infraestrutura como serviço (IaaS) desenvolvido pela Optidata, o Opticloud, é uma solução eficiente e segura para fornecedores de ERP.

O Opticloud coloca a segurança como prioridade, contando com uma arquitetura robusta e protocolos de segurança integrados. Além disso, a Optidata possui um Data Protection Officer (DPO) dedicado às suas soluções, garantindo a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados.

Sua independência e a capacidade de oferecer um painel de monitoramento por API acrescentam uma camada adicional de controle e visibilidade dos dados, sendo uma resposta alinhada e preparada para o futuro, pois adapta-se à complexidade das demandas empresariais modernas.

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